27 de junho de 2007
"Ou é o trono, ou é o Inferno"



-Os opostos se distraem, os Dispostos se atraem - esta é a frase da minha camiseta.
O Dia do Prato chegou e fomos para o esperado espetáculo do Teatro Mágico.
Amigos ansiosos pela atração da noite: Vanessa e Henrique Volaro, Diego Paiva, Isac e eu.
Diego comemorando o aniversário no meio de uma grande festa...
Na fila, bonecas, palhaços, nariz vermelho e um monte de gente rara.
Eu, palhaça, com fitas no cabelo, nariz vermelho e cara pintada [uma rosa desenhada pelo Henrique - que por acaso desenhou na cara de todo mundo]
Circo Voador contagiado pela atmosfera mágica - foi mais ou menos assim que começou nossa noite de 'trono'.

Show de abertura da banda 3Steps - e eu que já conhecia a banda, me apaixonei ainda mais.
Tinha descoberto que um amigo que trabalhou comigo, o Keler, é primo e amigo de infância dos integrantes da banda e lá no show ganhei o cd, tirei fotos e depois um recadinho carinhoso do Pedro Agapio na contra capa do cd, fazendo a beleza de uma contradição.
Uma participação especial do Galdino [o homem do violino] e uma Carol aos berros: "toca Pode Seguir, Pode Seguir" - que foi o encerramento do show!
Bárbaro!

No entanto, o êxtase começou quando apagaram as luzes e ouviu-se: "Sem horas e sem dores..."
E então, deu-se inicio ao espetáculo e começou a brincadeira.
Teatro, circo, sarau - porque é que não se junta tudo numa coisa só? Juntamos!
E o somatório dessa juntação* criou o espetáculo maravilhoso que me fez pensar que o Circo Voador estava mesmo voando!

A Fé Solúvel trazendo a perfeição da Boneca no Tecido, a história brega do mar que se apaixona por uma menina, emoção, comoção, brincadeiras, todos cantando em uníssono, a força do Boneco
Trapezista
, teatro, malabares, os carejangrejos pulando [inclusive no meu pé] e a sorte cantada num Realejo, que transformou o espetáculo num lual, com o público todo sentado no chão.

Eu olhava pra Van e ria.
A Van olhava pra mim e ria.
Pulamos abraçados gritando: "Só enquanto eu respirar, vou me lembrar de você..."
Mas só enquanto eu respirar, vou me lembrar dessa emoção que marca, que faz a diferença, que te faz olhar a vida e as pessoas com outros olhos - Precisa estar lá para entender, tem que sentir, dilatar a alma, fazer parte do contexto, da crônica e de todas as capas de edição especial... [Fã]

E Acabou!
Com gosto de quero mais, como sempre, mas acabou!
E o pátio do Circo foi o picadeiro para outro espetáculo: o de flashes!
-Olha ali, vamos tirar foto com o Trevisan...
-Olha, a Lígia tá bem ali... A Gabi tá lá, ó!
-Ahhhh olha o Rober... Ooooi Fernando! Ei, olha o Will ali sozinho...
Flash, flash, flash...
O abraço suado, a maquiagem que mancha o rosto, a simpatia que cativa, o afeto que nos afeta - isso é Teatro Mágico!


E essa sensação de paz, de magia, ninguém me tira!
Ninguém mesmo - nem mesmo os pivetes que nos assaltaram na saída do show e que me fizeram pensar: 'pombas, assalto de novo?'.
Dessa vez só me levaram dinheiro e a máquina digital que eu peguei emprestada com o Sidney permaneceu intacta, graças a Deus.
Infelizmente, levaram a máquina e o celular da Van [que o Henrique encontrou depois, caído no chão], levaram também o celular [com prestações inacabadas] e a carteira do Isac dom os documentos e cartões de crédito.

Mas o que me revolta, é o fato disso ter acontecido a poucos metros da cabine policial - e pior ainda, constatar que o policial 'vigilante' de plantão estava dormindo quando batemos lá!
Revoltante também, é o cansaço de ter passado a madrugada inteira na delegacia fazendo registro de ocorrência.
Tristeza de ter perdido vídeos e fotos fantásticas na máquina da Van...
Agora, que aniversáriozinho mais zicado esse seu, heim Diego?
Valha-me...
Essas foram as horas de "inferno".
E nessas horas é que vem o pensamento clichê: poderia ter sido pior.
É como a Van depois me disse: bens materiais a gente recupera, cartões a gente bloqueia e pede outros novos, dinheiro a gente trabalha e recupera também.
Estamos bem, mais tranqüilos - putos da vida, mas tranqüilos.

Ou é o trono
ou é o inferno né?
Eu prefiro lembrar desse dia pela parte do trono.
É nisso que eu vou me concentrar!


E quanto as fotos... Bem...
Teremos Teatro Mágico no Ibira mês que vem né?
Gravação do novo DVD e tal... Nada impede a invasão de cariocas por lá!
E possivelmente, com alguma sorte, tiraremos fotos ainda mais fantásticas!



Não faz mal se a situação não traduz nossa alegria
Não ter festa dá a impressão de que o mundo ficou sério

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18 de junho de 2007
Signal Fire
-Você ta quietinha ai?
-Tô
-E porque? Tá chateada com alguma coisa?
-Acho que to
-Acha? Com o que?
-Não faço a mínima idéia...






E é sempre muito engraçado, pelo menos para mim, quando essas coisas acontecem e eu fico absolutamente sem respostas! Eu sei que as pessoas esperam respostas, dúvidas e explicações, mas eu realmente espero que elas não esperem muita coisa de mim.
É, eu sou estranha...
Fico pensando no porque eu fico quieta de repente, fico pensando que eu preciso verbalizar o que estou sentindo, que preciso exorcizar esse mal que me corrói e no entanto, fico olhando a tela em branco, o papel em branco, a janela de conversação em branco...
No fundo, *Gary Lightbody canta baixinho: *The perfect words never crossed my mind¹
E isso parece uma tremenda conhecidência, mas eu sei que é pura ironia
Não é um problema de não saber se expressar ou não confiar em me expor, muitas vezes é uma pura e inexplicável incapacidade de me expressar.
É dificil conviver com essa dualidade, não pensem que tenho algum prazer sádico nisso!
Eu sei que eu me subestimo e nem sei porque faço isso.
Se eu paro por um instante e olho para dentro de mim, posso ver claramente tudo o que quero, tudo o que sinto e tudo o que não quero também... Mas inverter o lado de certas coisas me parece tão custoso, que eu desisto sem nem tentar. Eu subestimo as pessoas também e é terrível ter que admitir e confessar isso. Substimo quando julgo que, se nem eu entendo o que quero dizer, outras pessoas também não vão.

*I felt every ounce of me, screaming out, But the sound was trapped deep in me²

Sei que não há nenhum mal em não saber explicar coisas que nem eu entendo, mas sei também que eu poderia me esforçar um pouquinho mais se não fosse tão preguiçosa.
É, eu tenho preguiça das pessoas. E para as pessoas que não tem preguiça, não importa, eu tenho preguiça suficiente para mim e para elas.
Eu falo bem de coisas, de pessoas, de substancialidades, de cotidianidades... Mas ás vezes não sei falar de mim.
E fico como uma colegial apaixonada pelo rapaz popular do ginasial, rabiscando nomes no caderno, ensaiando palavras que não sabe como dizer sem ao menos gaguejar.
Eu realmente espero que as pessoas não esperem muitas coisas de mim, não esperem que eu diga mais do que o que posso dizer. E espero também que fique claro, que eu não tenho dificuldades de me abrir, de falar de sentimentos, se eu souber do que estou falando de ante mão... Se não souber, como agora, fica esse espaço em branco, essa lacuna imensa, esse abismo insondável...

Pelo menos sou honesta, disso não podem me acusar! =D

Talvez eu não esteja sentindo nada, por isso não consiga explicar ou escrever. E essa é minha melhor explicação. E talvez seja ate a mais plausivel.
Talvez eu não esteja me dando ouvidos e esteja passando por cima dos meus sentimentos, desprezando meus sentidos – todos os cinco, menos o sexto [se é que ele existe]
Confesso que estou cansada, mas não fisicamente.
Talvez um pouco angustiada, me sentindo dentro de uma bolha sem saber o lugar que devo ficar, embora eu saiba muito bem onde quero estar!
Não tentem me entender, digam apenas “não tem jeito” e se acostumem com esse tipo de ladainha quando eu ficar, irremediavelmente sem respostas para as perguntas que teimam em me fazer...

*No, I won't wait forever³











*Gary Lightbody, vocalista do Snow Patrol:
*As palavras perfeitas nunca passaram pela minha cabeça ¹
*Eu senti cada parte de mim gritando alto, Mas o som estava preso dentro de mim²
*Não, eu não vou esperar para sempre³:
*Trechos de Signal Fire – Snow Patrol [ainda ouvindo]

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15 de junho de 2007
Entre o Virtual e o Real
Ou Mau Humor virtual
[um bom subtítulo para esse post]






E vem chumbo grosso por ai...





Eu sou absolutamente contra usar desta ferramenta de comunicação blogal* pra ficar fazendo mimimi. Eu já fui de ficar reclamando aos 4 links do mundo todos os marimbondos que eu queria cuspir, mas de alguma forma, em algum momento, isso perdeu o sentido pra mim.
Isso porque eu acho que nunca teve sentido nenhum mesmo.

Mas é fato, isso aqui não é a mesma coisa que era quando eu comecei com essa história de blogs. Quem me acompanha sabe do que estou falando. E eu acho que isso tem mais a ver com autocrítica do que com maturidade.
Eu estou ficando mais velha, mas sou muito imatura ainda, pelo menos a meu ver.
Mas não posso deixar de massagear o meu ego quando vejo o que vejo por ai.
As pessoas realmente não têm noção do quanto podem ser, estar e parecer patéticas pelo que escrevem na internet. E sinceramente, eu tenho mais o que fazer da minha vida do que ficar me envolvendo em mimimi, treta e picuinha de ‘on lines’.

Eu nem ia falar de ‘picuinhas on line’, mas que comecei...
Há algum tempo atrás, não muito, me vi involuntariamente envolvida no meio de uma treta que não me dizia respeito.
Eu sei que eu sou encrenqueira, mas ás vezes eu não procuro, a encrenca vem até mim e se instala toda folgada, querendo tirar minha paz.
Paralelamente a essa treta que me envolveram, uma outra [ou duas?] comiam soltas envolvendo amigos importantes na minha vida.
O que acontece aqui, é que eu não tenho nada a ver com a treta dos outros, mas se tem um amigo meu envolvido eu acabo tomando um certo partido, ainda que em off ou em pvt =D.




Agora a reclamação!
É incrível como a gente fala fala e fala, mas ainda assim as pessoas se repetem.
Não querendo ser estúpida, mas repetindo as palavras da minha sábia avó: errar é humano, mas repetir o erro é burrice! E é bem isso, por mais inteligentes que as pessoas sejam, [ou pareçam] elas acabam re-cometendo os mesmos erros de novo e mais uma vez! É pra ficar redundante mesmo, porque as pessoas são redundantes e por mais que a gente fale, tem gente que não entende!
Tem gente que não entende que um e-mail pode ter conseqüências mais drásticas do que um telefonema, tem gente que não se toca que um emoticon na frase errada pode acabar com a comunicação... Pois é, é assim mesmo!

Tem gente, infelizmente, que não sabe reconhecer o tanto de realidade* que existe na virtualidade*.
Pois saibam, eu não sou um robô e nem um programa executável que vem aqui e escreve posts para serem lidos, eu não sou uma máquina que entra no msn para divertir você e eu não sou um bot que aparece no seu orkut pra te entreter.
Tchanram: eu sou uma pessoa de carne e osso [mais carne que osso, é verdade], tenho dois braços, duas pernas, um coração e pasmem, sentimentos.
E da mesma forma, você que está lendo isso também.

A gente costuma brincar que quando a internet começa a nos estressar temos que cantar aquele mantra: ‘Não leve a internet tão a sério, áááuuummm, não leve a interner tão a sério, ááááuuummm’...
Mas caramba, ás vezes não tem como cantar um mantra como esse!

Eu me estressei e me estressei de verdade com uma pessoa que infelizmente, não sabe discutir, conversar e se portar como bípede.
E eu confesso que fui incapaz de ‘deglutir esse batráquio’ e, depois de tanto tempo sem fazer isso, eu escrevi um e-mail tão cruel, mas tão cruel, que fiquei me questionando de onde vem a inspiração pra pegar tão pesado!
Idéias e opiniões foram feitas para serem expostas e eu não sou dessas pessoas que ficam guardando as suas.
Tá certo, guardo muitas opiniões só para mim, mas essas são aquelas que não tem necessidade de compartilhar entendem?


Puuuuuufffff


Um pouco de noção não faz mal a ninguém!
Não é porque um contato é virtual que a amizade não vai ser real!
E sendo virtual ou não virtual, todo mundo merece respeito!
E a partir do momento que você se relaciona com uma pessoa [seja lá o tipo de relacionamento que for], você passa a ter uma responsabilidade [por mínima que seja] com a pessoa.
Isso se chama reciprocidade!

O que eu sempre me lembro e que algumas pessoas ‘esquecem de se lembrar’, é que por trás de um ícone ou de um avatar, existe uma pessoa de carne e osso, que tem coração, sentimentos, que ri, chora, se emociona, se relaciona...
Graças a Deus, eu conheci pessoas fantásticas na internet, as quais pretendo levar pro resto da minha vida.
Eu tenho amigos que eu não conheço pessoalmente, mas que são pessoas essenciais na minha vida, isso porque eles não são virtuais, são seres humanos, entendeu camarada?

Eu não faço separação entre o virtual e o real, se a maioria prefere colocar assim. Eu tenho amigos que me conhecem desde criança e que não são tão amigos quanto alguns que eu conheço só da internet. E não existe esse negócio de ‘não ter um contato’ efetivo com a pessoa – se a gente conecta e se fala todos os dias, isso é um contato – mesmo porque, tem gente que eu conheço pessoalmente e só tenho contato pela internet.
Não é engraçado, beibe?

Isso camarada, se chama amizade.
Estou interagindo com pessoas de verdade, iguais a mim, iguais a você. E não me falta maturidade para enxergar e nem precisa ser muito inteligente para isso!

É uma pena que algumas pessoas não consigam compreender a grandeza disso e que não saibam se relacionar com as pessoas com o mínimo de dignidade.

Eu fico me perguntando como seria se de repente eu não pudesse mais falar com pessoas como Anna Flávia, Juliana Canoura e Dante Zaupa, que são amigos absolutamente necessários para meu equilíbrio emocional...

Quem pensa diferente, desculpa dizer, mas vai viver a vida inteira isolado nessa mediocridade egoísta!
Eu não estou aqui pra ficar pagando pau pela imaturidade alheia e se eu não tivesse ficado tão irritada com as besteiras que eu ouvi, vocês provavelmente nem estariam lendo isso!

Eu não tolero gente egoísta, não suporto mesquinharia, não suporto pessoas que não assumem a responsabilidade e a conseqüência daquilo que fazem.
Eu penso, penso muito nas coisas que eu faço e nas conseqüências que decorrem daquilo que fiz. Eu me preocupo com as pessoas com quem me relaciono, eu procuro não machucar as pessoas e afetar de uma maneira positiva a vida de quem eu gosto.
Mas parece que nem todo mundo pensa como eu, porque se pensasse eu não precisaria escrever sobre isso!
Tudo bem que toda generalização é burra [inclusive essa], mas vai seguindo por esse caminho que você vai ver onde vai chegar! ¬¬


E esse post não está jogando no senso-comum
E embora eu tenha aproveitado para englobar alguns assuntos, isso É uma agressão direta mesmo! =D

Usando as palavras do Dante, amigo querido, eu termino esse post assim:


“Quando eu escrevo algo agradável, provavelmente era pra agradar.
Quando escrevo algo que te entristece, provavelmente era essa a intenção.
Se alguma palavra minha te ofender, cara, essa era a idéia,
Ou não.”















Esse post ficou dias em rascunho e eu relutei pra postá-lo
Agora chega de reclamar, porque se não ninguém agüenta!
E eu to tentando fazer posts pequenos, mas dessa vez não deu
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8 de junho de 2007
A Rua... A Casa...


Hoje eu passei em frente a casa que eu morava quando menina
E não pude evitar o espasmo de nostalgia!
Contraditoriamente, tudo está muito mudado e ainda assim me parece familiar
Era uma casa muito engraçada, sabe?
Não tinha esse teto de agora e nem essas paredes “cor da moda”
Tinha chão no lugar daquela rede e uma arvore no lugar daquela janela
Tenho saudades dessa casa e das coisas que vivi dentro dela
Não só dentro, mas também fora – era ali que cabiam todos os meus amigos
Nessa casa cabia todos os meus sonhos e os mais puros segredos de criança
Não conta pro atual dono, mas deixei tesouros enterrados por todo quintal
A casa não tinha esse chão, mas tinha um engraçado portão que eu nunca usava
Tinha um muro que eu sempre pulava e uma goiabeira bem ao pé da minha janela
No alcance das minhas mãos.
Tinha plantas espalhadas por todo quintal, pelas janelas e na varanda
E minha Avó cantando, as regava com todo carinho
Plantas, rosas, mudas e ninhos
Passava as tardes ouvindo passarinhos
Passaram, sumiram, mudaram
Era uma casa muito engraçada, de longe se ouvia o barulho das brigas
Mas era uma casa onde também tinha muito amor
Tinha gatos e cachorros, brinquedos perdidos e uma bicicleta encostada no canto do muro
Hoje tem uma garagem, uma varanda com redes e uma janela com grades
Da nostalgia, brotou água em meus olhos
Tentando em vão reconhecer algum traço da minha infância naquele imóvel reformado,
Esqueci meus olhos pregados na fresta do muro amarelo, que antes era branco.
E estou até agora lembrando que morei ali quando menina
Saudade de uma experiência já vivida, de anos passados e relembrados...
Como quando debruçada na janela, eu esperava a banda passar porque o Chico me disse que passaria
E de fato, a banda passou, mas distraída que sou, nem notei
Hoje eu passei em frente a casa que eu morava quando menina
Mas o que eu vi foi uma casa completamente diferente da casa que eu conhecia
Não era tão moderna e tão bonita,

Mas era feita com muito esmero
Na rua... Na rua...
Como é mesmo o nome daquela rua?







Tu não te lembras da casinha pequenina, onde nosso amor nasceu?

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4 de junho de 2007
Você lê???


Deve ter quase uma semana que eu terminei de ler esse livro, mas como andei conversando sobre ele com algumas pessoas dos grupos de leitura, resolvi escrever aqui [e pq não?] o que eu achei do livro...

Lolita, de Vladimir Nabokov

Foi uma tremenda luta terminar de ler esse livro...
Lá pelos capítulos finais eu dei uma empacada... Não por culpa da leitura, que em muitos momentos pode ser cansativa, mas por preguiça mesmo... Coisa feia, tcs, tcs, tcs...

No começo da leitura, lembro-me de ter comentado com algumas pessoas que estava achando o livro “sujo, imundo” mas ao mesmo tempo fascinante.
É o tipo de leitura que você devora pela ansiedade, por querer saber o que vai acontecer, o que o personagem vai fazer...
E a narrativa do livro é muito rica em detalhes, descrições, cenários... [além de sarcástica, livre de pudores e suja] Faz o leitor visualizar exatamente o que o autor pretende passar.
Tantos detalhes, talvez tenham me cansado um pouco, mas isso porque eu sou meio afoita pelo próximo passo, próximo acontecimento... Muitas vezes tive que parar, refletir e ler novamente, quer fossem alguns parágrafos enoooooormes, ou alguma frase em francês difícil de interpretar pra quem não sabe francês... O legal é que com livros assim, a gente sempre aprende palavras novas, desconhecidas [e dá-lhe Aurélio ao lado]

Esse livro retrata uma mente perturbada, de um homem de meia idade, apaixonado por uma menina com idade para ser sua filha. Vergonhosamente, o leitor acaba torcendo por ele em alguns momentos, por notar a tortura interna e a eterna luta da mente de um homem totalmente obsessivo com o comportamento e com as artimanhas e atitudes de uma "ninfeta" nem um pouco ingênua.

Humbert Humbert é um homem culto, respeitado, mas que tem uma grande perversidade e obsessão por jovens, que um dia conhece a menina que mudaria radicalmente sua monótona vida e então se apaixona perdidamente por Lolita, uma menina de 12 anos.
O livro retrata um amor sem pré-conceitos de idade mas pisoteia qualquer regra de ética e bom senso e cospe na cara da sociedade por burlar essas regras de maneira tão sórdida.
Trata-se de um romance condenável e apaixonante. As atitudes do protagonista são muito pouco louváveis, até o ponto em que sufocam Lolita de ciúmes, exigências e super proteção.
O que obviamente só poderia acabar em tragédia! Uma tragédia menor do que a que eu imaginei durante a leitura, mas ainda assim uma baita tragédia.
Vemos claramente o personagem perder o juízo, a lógica, a razão...

Não busquei nenhum dado específico para falar desse livro a vocês, mesmo porque, não procurei saber nem mesmo para mim
Mas sei que foi um escândalo na época em que foi lançado, teve problemas com censura e coisas do gênero. O que é perfeitamente compreensível e aceitável, pelo teor do conteúdo [hohoho]

Finalizando, é um livro intrigante, envolvente e inteligente.
Eu até colocaria aqui alguns trechos, frases de efeito, partes que eu considerei brilhantes e outras desconcertantes, mas para não tirar a sedução natural da leitura e para despertar o interesse de vocês, deixo apenas esse relato superficial...
E espero que seja o suficiente para despertar vocês para esse romance de Vladimir Nabokov!


E bem... Se você não gosta de ler, eu vou repetir as palavras de um amigo meu [não necessariamente com essas palavras] :
"Eu tenho pré-conceito de quem não gosta de ler, penso logo que a pessoa não tem nada na cabeça e que eu não vou ter nada de inteligente pra conversar com ela!"
Sim, eu lamento por você que não lê! Eu leio!!! [hohoho]




Honey também é cultura, tão pensando o que? [hohoho]









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Ps:
AQUI hj

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