15 de maio de 2007
Só pra não dizer...
...que eu abandonei este blog, estou passando por aqui!




Se você não está a fim de ler, por favor, feche esse blog.

Isso é mais um diarinho de impressões e fatos do que um post, pra falar a verdade.
Não que eu não tenha o que dizer, mas tem horas que invariavelmente faltam palavras pra dizer tudo que a gente gostaria...
A verdade é que eu tenho um milhão de coisas pra dizer, um monte de pré-posts rascunhados, mas nenhuma vontade de publicar algo que não tenha a ver com o meu estado de espírito atual.
Isso é, eu queria ter algo de agradável para falar, mas no momento não tenho! [aliás, confesso que até tenho, mas isso nem vem ao caso]

Eu tenho visto ultimamente em alguns blogs e paginas pessoais, como as pessoas são reclamonas e pessimistas. Gente que não sabe fazer outra coisa da vida a não ser reclamar. É aquela velha história: Depois que inventaram o “ta ruim”, nunca mais “ficou bom”!
Sinceramente? Algumas coisas mudaram muito pra mim e eu não queria ser mais uma dessas.
Houve um tempo que, se eu não fui assim, cheguei bem perto de ser.
Hoje, acho muito feio quem age desse jeito.
Não é que o mundo seja perfeito, que as rosas sejam cheirosas, que todas as pessoas sejam perfeitamente felizes e que eu não tenha problemas, mas vai adiantar alguma coisa eu ficar reclamando e esbravejando aos quatro cantos do mundo?
Não quero meus problemas num outdoor para sentirem pena de mim.
O Papel mais humilhante que alguém pode fazer é o de vítima – por favor, não esperem isso de mim!

Entrem aqui e riam das bobeiras que eu digo ou do modo pateta que eu descrevo meu mau-humor e de como faço piada com as coisas do cotidiano, mas não quero que ninguém entre aqui e saia pensando que eu sou uma mala que só sabe reclamar.
Sabe aquele tipo de pessoa que faz as outras se levantarem da mesa durante o jantar?
Que isso esteja bem longe de mim.
Eu acho, [pretensão ou não] que tudo que eu escrevo aqui ou em qualquer lugar que seja, precisa de um mínimo de responsabilidade. Não é que eu me considere um exemplo a ser seguido, mas a gente tem que pensar que tudo que a gente torna público pode ser lido por qualquer pessoa.
Sinceramente? Eu já passei a minha vida inteira servindo [e sendo chamada] de mau exemplo. Já chega!
Então se ás vezes eu sumo daqui, sumo de lá, dali e de acolá podem crer que algum motivo eu tenho.
Nem que depois eu diga que estive off line por força da ocasião ou se simplesmente vier a dizer que não tinha nada de [in] útil pra dizer...
Eu posso ‘até’ dizer que me distraí observando uma esquadrilha de discos voadores ou que andei cavalgando em cavalos marinhos – é mais fácil fazer isso do que ir contra um princípio meu e passar uma imagem errada de mim, concordam?
Eu sei que esse bla bla bla é incompreensível para muitos, mas o que eu estou querendo dizer é que eu sempre fui e pretendo sempre ser sincera em tudo que eu escrevo por aqui.

Sabem? Eu ando de saco cheio de pessoas desagradáveis.
Tem gente, muita gente, que faz questão de ser desagradável, de fazer comentários sem propósito ou de achar que podem se meter na sua vida e determinar como você deve ou não se sentir.
Sabe o que mais me irritou hoje? Aquele atendente do banco do Brasil, fazendo questão de ser estúpido com as pessoas.
Será que custa muito atender as pessoas com o mínimo de boa vontade?
É certo que eu me utilizo muito da filosofia “a minha educação depende da sua” – Isso qualquer um pode comprovar. Mas eu só respondo com sapatada quando a pessoa já chega com pedras nas mãos e muitas vezes não precisa nem jogá-las em mim que eu já me defendo.
Afinal, o que a pessoa faria com pedras nas mãos se não tivesse a real intenção de atirá-las?
Convenhamos: eu não sou atendente, portanto posso ser assim! [nhéé]
Mas [voltando] no caso do atendente, acho que ele deveria ter o mínimo de equilíbrio ou então pedir as contas.

Eu estou vivendo dias de cão, literalmente!
E eu não estou aqui para fazer o patético papel de vítima, mas nesse final de semana eu fui assaltada e acabei ficando sem meus documentos, sem meu pagamento e sem minha máquina digital quando voltava pra casa com o Isac.
Algumas horas fazendo registro de ocorrência na delegacia, algumas horas de insônia e o alívio de nada de ruim ter acontecido.
O que eu vim fazer aqui, não é um Déjà Vu e nem aquelas declarações manjadas de que “a gente não está seguro em lugar nenhum” ou “a gente sempre acha que não vai acontecer com a gente”.

Balela, é tudo balela! E é hipocrisia também!

A gente sabe muito bem como as coisas andam por ai e sabe exatamente que pode acontecer com qualquer um a qualquer momento!
O que resta, é a exata medida da nossa “pequenidade” diante do poder ofensivo da violência.
A nossa vida é tão frágil, que basta o movimento de um dedo para que não estejamos mais aqui – e graças a Deus, eu estou.

O que fica, é uma sensação de medo, que eu sei que passa, mas parece que a gente se sente fadado a passar o resto da vida se escondendo, olhando pros lados com medo de tudo e de todos. A gente fica meio neurótico, mas depois o sub-consciente age novamente e a gente vai ficando mais tranqüilo, começa a tratar os fatos ruins como experiência.
Não sei qual é a linha tênue que separa precaução de medo e medo de fobia, mas sei que é um linha fina, quase imperceptível [mas eu enxergo muito bem, obrigado]

O que a gente sente, não sei se posso dizer que é esperança, mas é algum tipo de confiança de que estamos isentos de sofrer alguma coisa, mas na verdade nunca estamos.
Nosso sub-consciente cria essa falsa imagem e a gente acaba se descuidando da realidade e quando acorda: pufff, aconteceu.
Aí, quando você abre os olhos pro que está a sua volta, ouve aquela voz dizendo: passa a carteira, passa tudo!
E aí?
O que é tudo pra você?
Pra mim, o tudo é ter que tirar todos os documentos de novo, cancelar todos os cartões, ter que juntar grana pra comprar uma máquina digital nova [e melhor] e estar escrevendo isso aqui com saúde.



E Tudo fica sustentado pela fé



Por favor, se você não tiver nada agradável pra dizer, não diz nada.
Se você não leu, tudo bem, eu entendo que post grande ninguém gosta de ler,
mas não precisa
“passar rapidinho pra deixar um oi”
por que eu não vou te responder e nem te devolver um
“oi”
– por favor, não seja hipócrita e nem pague o mico
de dar uma opinião que não condiz com o que foi dito.

O Respeito agradece!

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