19 de fevereiro de 2007
Essa saudade é burrice do tempo



Eu morro de saudade de você...
Todo dia um pouco mais e cada vez mais um pouco

Sinto raiva desse tempo, burro tempo, que não entende quando tem que passar mais rápido
Ao invés disso fica aqui me olhando, se perguntando porque não o quero por perto!
Porque esse ano foi uma década e esse mês, parece ser um ano.
Cada dia então, é um mês inteiro...
A cabeça encostada na parede pesa de tanto que pensa
O vai e vem da rede não acalma, me angustia...
Quantos dias já se passaram? Me passaram?
Quantos ainda vão passar por mim?
É burrice do tempo, idiotice das horas, estupidez de quem não tem esperanças, mas ainda espera.
A todo o momento esse remorso, das coisas não simultâneas, dos sentimentos não combinados, da falta de tato, de palavras, de jeito...
É preciso ter jeito para fazer certas coisas, é preciso tato para dizer certas coisas.
É preciso de um tudo que sempre nos faltou!
É estranha e incomum essa nossa matemática, que não tem somas, apenas divisões.
Um dia, tudo por aqui foi você - hoje, apenas eu resulto dessa conta.
E tudo que deveria ter sido, era um tanto de nós que acabou se tornando nenhum de nós dois!
A cabeça encostada na parede pesa de tanto que pensa
Os olhos ardendo, mas contendo lágrimas teimosas, vislumbra o imenso abismo que existe entre o que eu penso e o que eu tanto quero.
Eu não vou chorar, mas isso não significa que essas lágrimas não cairão...

Esse ano foi uma década e esse mês foi um ano
Cada dia então, é um mês inteiro...





...Que a saudade é o pior tormento
É pior do que o esquecimento...
-Chico Buarque



[Não se iludam, falo de amizade! Isac vai bem, obrigado!]

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