É alguém sem medo de dizer a verdade, falando o que lhe vem na cabeça sem se importar com o que os outros pensam!
Honey
21 de novembro de 2005
É O QUE, HEIM???
Eu ia dizer alguma coisa antes de começar o texto, mas não estou me lembrando... Ah sim, eu ando esquecendo muito das coisas, mais do que o normal. Será que estou ficando velha? Sabe quando você pensa mais rápido do que a boca e quando vai dizer, já esqueceu? Não é paranóia e nem maluquice, é a verdade dos fatos que me ocorrem.
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Toda terça e quinta eu tenho aula na auto escola. Coincidentemente, são os dias em que eu erro o caminho de casa e vou para a lan house visitar os blogs amigos já que do trabalho não dá pra fazer isso direito. Cinco da tarde, tomo meu banho, me arrumo, pego meu material, minha bolsa e inicio um logo processo de conferência e certificação, que dura mais do que o tempo necessário por ser inúmeras vezes repetido. Antes de sair do quarto eu olho se desliguei o computador direitinho, se a luz do estabilizador está apagada e se o filtro de linha está em off. Me certifico se tirei o ferro de passar e o rádio da tomada, testo pra ver se a janela está bem fechada e tranco a porta do quarto antes descer as escadas. Vou para cozinha, desligo o plug do gás, tiro a tomada do microondas e tranco a porta dos fundos. Olho pela sala pra ver esta tudo em ordem e saio de casa. Antes de descer os degraus da varanda, me pergunto: "será que fechei a porta lá de cima?". Subo as escadas e me certifico que a porta está trancada, então aproveito para ver se a porta dos fundos está trancada também e acabo por enxergar que a janela da sala estava aberta! Eu tranco a janela, forço pelo lado de fora pra ver se está bem trancada, pego minhas coisas e saio trancando com duas voltas a fechadura da porta da sala. Estes traumas eu trouxe de quando eu morava no centro da cidade (em uma rua perigosa), para a casa que moro hoje (em um condomínio fechado com segurança e vigia). Embalada pelo balanço do ônibus, a 5 minutos da auto-escola, me lembro que esqueci de trazer o caderninho de anotações que esteve quase o tempo todo bem na minha frente. Como uma pessoa pode ser tão detalhista e ao mesmo tempo tão desleixada?
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Alguém me disse uma vez, que eu devo ter um distúrbio no meu sistema nervoso, mas sinceramente? Nunca fui ao médico pra saber porque ás vezes eu ouço pacientemente uma pessoa falar e outras vezes corto a pessoa o tempo inteiro completando as palavras antes que as pessoas terminem de dizê-las. Ás vezes acho que sofro de uma estressabilidade mórbida com lapsos de pacienciamielite aguda. Eu me disperso facilmente de uma conversa ou de algo que não me atraia, mas posso ficar horas a fio com a cara enfiada na tela do computador, sem perceber a hora passando ou o que quer que esteja acontecendo ao meu redor. E haja dor nas costas e tendinite.
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Eu tenho uma identificação vocal impecável, de modo que meus amigos e conhecidos ao telefonarem para mim, não precisam se identificar porque eu sou capaz de reconhecer todas as vozes e associá-las a seus respectivos donos. "-Oi, sabe quem está falando?" "-Tá brincando? Claro que sei!" "-Duvido, sabe nada. Ta dizendo isso pra ganhar tempo e tentar lembrar que sou eu" "-De maneira nenhuma Eric, eu sabia que era você quando disse alô". Por outro lado, tenho uma incapacidade de gravar nomes assim, de primeira. E a não ser que seja um nome estapafúrdio, ridículo ou coisa parecida (que nem no dia que me apresentaram a Dona Hospícia) eu sempre tenho que me utilizar de boa lábia para recuperar a informação perdida. Geralmente quando alguém diz, "-Esse aqui é fulano", eu já estou dizendo "-Muito prazer, oi, olá, e aí?, beleza?" apertando a mão, ou em outros casos dando um beijinho na bochecha e mal atento ao nome do fulano (ou da fulana) que me é dito. Depois vou com a cara mais lavada do mundo: "-Desculpa, mas não gravei seu nome", porque dizer "-Vem cá, qual é o teu nome mesmo?", além de rude, faz com que a pessoa sinta (ás vezes erroneamente) que você a achou tão insignificantemente desinteressante que nem se lembra o nome dela. A minha habilidade de reverter as coisas a meu favor, entra em campo para me defender desse defeito técnico e fazer com que a pessoa pense que eu não gravei o nome dela porque o espaço no meu hd faltam megabytes para novas informações temporárias, e a culpa é toda minha por ficar salvando tanta besteira, que na hora que preciso não tenho espaço.
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Eu pergunto: "-mãe, vai trabalhar amanhã?" e ela me responde que sim. Logo, eu concluo que amanhã vou precisar fazer o almoço se quiser almoçar. Sento e a acompanho no café enquanto assistimos ao RJTV. Na primeira propaganda que dá, pergunto: "-mãe, vai trabalhar amanhã?", e quando ela me olha rindo dizendo: "pô, desce um pouco da lua" eu percebo que já havia perguntado antes.
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Acabo de olhar no relógio para saber que horas são. Cerca de milésimos de segundo, minha irmã pergunta as horas, e vou olhar novamente no relógio, porque já não me lembro da informação que acabo de consultar.
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-Estou tomando um remédio ótimo para memória.
-É mesmo?
-É, e esse remédio vem com um guia prático, que é quase um manual para a boa utilização da memória.
-Ah, que legal! Qual é o nome desse remédio?
-Hum... Deixa eu ver... Como é mesmo o nome daquelas plantas, que os namorados costumam das para as namoradas, num plástico colorido, com cartão...
-Ué? Flores?
-É, mas tem um nome...
-Hum, Margaridas, Violetas, Rosas...
-É, é isso, Rosas...
-Rosas?
-Oh, Rosaaaaaaaaaaa, como é mesmo o nome do remédio?
-...
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Meu amigo Nel, sofre dos mesmos problemas que eu. Uma vez, quando ainda trabalhávamos juntos, me disseram que o chefe tinha deixado um recado sobre uma tarefa a ser executada com ele.
-Nel, tem algum recado pra mim?
-Tenho sim, é sobre um trabalho pra você fazer
-E o que é?
-Não faço a mínima idéia
-...
Fora as diversas vezes em que ele me pedia para fazer alguma tarefa urgente, eu ia correndo fazer e quando terminava:
-Nel, já terminei aquilo que você me pediu
-Aquilo o que?
E eu já respondia rindo: -Aquele trabalho urgente...
-Qual? To lembrando não!
-Esse aqui, meu querido.
-Ih, eu pedi pra você fazer isso, foi? Por isso que não estava achando...
-kkkkkkk
Mas eu e o Nel sempre nos divertimos muito com esses lapsos, porque a gente tem uma facilidade inigualável de gravar e armazenar certos arquivos, mas para outros, infelizmente não sobra espaço no hd (como ele mesmo sempre diz). E nem reinstalando o sistema e reformatando adianta!
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É o que heim? Eu ia dizer alguma coisa a mais para terminar, mas já esqueci!
Marcadores: Síndrome DDA